naquele dia tudo era vazio, ela olhava à volta e nada era suficiente. tudo soava indiferente, tão diferente daquela realidade idealizada. tudo tão cada vez mais longe. ela sentia que nada voltaria a encher-se de cor e de vida. que depois dali, restava apenas abismo. uma linha ténue entre o chão e o precipício. aquele em que ela caíria para nunca mais voltar. desapareceria dentro de si mesma.
há dias assim, sem fim, sem saída. sem sentido inverso.
afinal, havia um novo mundo para lá do horizonte. e tudo foi ganhando novas formas. ela encontrou o caminho, tantos novos caminhos por onde seguir. e como é bom reencontrar-se, preencher-se...