ele está no futuro, perdido algures entre os dias que estão por vir. escondido pelos momentos que temos certos de viver, apagado pelos (muitos) planos que vou riscando nas brancas paredes da imaginação, nos muitos sonhos que vou sonhando nas noites de silêncio. às vezes, nos eternos instantes de impaciência, parece que nunca chegará. espero... e desespero. tenho-o em mim. em tudo o que me faz existir, mesmo em tudo o que está para além da matéria. está no ar que respiro, nos céus azuis dos dias, nas chuvas que caem do lado de lá do vidro. está no mar e na linha do horizonte. essa que esconde o mundo que há mas não se vê.
páro. chega rápido... e este sussurro soa alto, tão alto que perco a voz dentro de mim.
tenho na garganta a vontade que me sai da alma. a vontade de chegar, rápido, até ti. tu, o dia. aquele em que numa hora, num minuto, num segundo vamos cruzar, finalmente, a mesma esquina. quem sabe tropeçar na mesma pedra, talvez olhar a mesma estrela. no momento em que o chão será nosso, o mesmo.
chega rápido. a saudade já mora em mim.
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