segunda-feira, 13 de abril de 2009

o menino que tinha cócegas.

foi a primeira vez que te vi. verdadeiramente. como és. sem disfarces, nem artimanhas. sem segundas ou terceiras intenções. e nem eu sabia que te iria desarmar num gesto tão simples, tão vulgar. tinhas cócegas, tantas que te desmanchavas ao primeiro toque. e foi aí que te vi, igual a ti. rias, tão genuinamente, que qualquer máscara caíra, naquele instante, redonda no chão. e foi nesse momento que descobri como os teus olhos são azuis e eu nunca tinha reparado. e como adorei ver-te assim, tão próximo de ti mesmo e daquilo que admiro: transparência, sinceridade. acima de qualquer coisa. e tu sabes, porque to pedi desde sempre. e foi sempre o que esperei, só. mas, tirando aquele momento, em que te roubei para o meu mundo (provavelmente, ideal), talvez nunca mais o tenhas sido. porque não querias, porque não estava nos teus planos revelares-me a tua essência ou porque, simplesmente, não consegues.
... e fica a memória do tempo em que o teu olhar existia apenas no meu imaginário.

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