Bebo o vinho do teu corpo
Devagar como se a boca
Fosse uma flor, onde o tempo
Desenha o mapa da vida.
Corre o vinho do teu corpo
Nos lençóis da madrugada
E há carícias, debruçadas
À janela do silêncio
Bebo o vinho do teu corpo
Bebo até morrer de sede.
Provo o vinho do teu corpo
Gota a gota, beijo a beijo,
Como quem, recolhe o sonho
De entre os dedos dum sorriso.
Corre o vinho do teu corpo
Nos regatos do luar
Que hão-se vir desaguar
Mansamente nos meus braços.
Bebo o vinho do teu corpo
Bebo até morrer de sede.
Bebo vinho do teu corpo
Devagar e quase a medo
Na surpresa dos segredos,
Copos cheios de prazer.
neruda, descobri hoje e gostei.
sexta-feira, 10 de abril de 2009
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"Provo o vinho do teu corpo
ResponderEliminarGota a gota, beijo a beijo,
Como quem, recolhe o sonho
De entre os dedos dum sorriso."
Gosto, gosto mesmo.