no dia em que conseguir escrever para ti e sobre ti, darei ao texto este nome. nunca mais ou para sempre. até lá e para sempre, caberá em mim uma saudade eterna.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
mais do mesmo
fazia tudo outra vez e não aprendia a lição,
começava de novo
chorava mais uma vez e sentia pena de mim
sei que valia a pena
E pode ser que eu mereça cair no erro outra vez
Cair no erro outra vez e mais do mesmo
Tudo o que eu quero afinal é mais do mesmo
Eu dava uma vez mais tudo por tudo
a menos que alguém me desse mais
Hoje eu vou até ao fim para voltar ao final
como quem recomeça
E pode ser que eu mereça cair no erro outra vez
cair no erro outra vez e mais do mesmo
Tudo o que eu quero afinal é mais do mesmo
Cair no erro outra vez e mais do mesmo
tudo o que eu queria afinal era outra vida com sal
e mais do mesmo
começava de novo
chorava mais uma vez e sentia pena de mim
sei que valia a pena
E pode ser que eu mereça cair no erro outra vez
Cair no erro outra vez e mais do mesmo
Tudo o que eu quero afinal é mais do mesmo
Eu dava uma vez mais tudo por tudo
a menos que alguém me desse mais
Hoje eu vou até ao fim para voltar ao final
como quem recomeça
E pode ser que eu mereça cair no erro outra vez
cair no erro outra vez e mais do mesmo
Tudo o que eu quero afinal é mais do mesmo
Cair no erro outra vez e mais do mesmo
tudo o que eu queria afinal era outra vida com sal
e mais do mesmo
terça-feira, 17 de novembro de 2009
o tempo.
Aqui o tempo passa, ora apressado ora lento. E não quero roubá-lo ou corrempê-lo, nem por um instante. Quero guardá-lo, só (cada momento). Intacto e intocável. Assim, ele mesmo: como um retrato constante dos dias, dessa lente que é a memória. Dessa máquina que é o coração. Não vamos gastá-lo com palavras até o esvaziarmos de sentido. Vamos vivê-lo, tão intensamente quanto nos for possível. Tão verdadeiramente quanto o quisermos. Tão cheio de cor e ilusão quanto o pintarmos. Vamos vivê-lo, simplesmente. Eu e tu.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
o dia
ele está no futuro, perdido algures entre os dias que estão por vir. escondido pelos momentos que temos certos de viver, apagado pelos (muitos) planos que vou riscando nas brancas paredes da imaginação, nos muitos sonhos que vou sonhando nas noites de silêncio. às vezes, nos eternos instantes de impaciência, parece que nunca chegará. espero... e desespero. tenho-o em mim. em tudo o que me faz existir, mesmo em tudo o que está para além da matéria. está no ar que respiro, nos céus azuis dos dias, nas chuvas que caem do lado de lá do vidro. está no mar e na linha do horizonte. essa que esconde o mundo que há mas não se vê.
páro. chega rápido... e este sussurro soa alto, tão alto que perco a voz dentro de mim.
tenho na garganta a vontade que me sai da alma. a vontade de chegar, rápido, até ti. tu, o dia. aquele em que numa hora, num minuto, num segundo vamos cruzar, finalmente, a mesma esquina. quem sabe tropeçar na mesma pedra, talvez olhar a mesma estrela. no momento em que o chão será nosso, o mesmo.
chega rápido. a saudade já mora em mim.
páro. chega rápido... e este sussurro soa alto, tão alto que perco a voz dentro de mim.
tenho na garganta a vontade que me sai da alma. a vontade de chegar, rápido, até ti. tu, o dia. aquele em que numa hora, num minuto, num segundo vamos cruzar, finalmente, a mesma esquina. quem sabe tropeçar na mesma pedra, talvez olhar a mesma estrela. no momento em que o chão será nosso, o mesmo.
chega rápido. a saudade já mora em mim.
sábado, 10 de outubro de 2009
existes.
estás em mim. em tudo o que sou, em tudo o que vejo. acordas comigo todos os dias, naqueles em que ainda é noite ou naqueles em que o sol já vai alto no céu. fazes parte dos meus dias, mesmo quando não estás. nas conquistas, nas derrotas. caminho e qualquer que seja o destino, lá estás tu à minha espera. como eu sempre te espero, te sonho, te desenho, te desejo. e é nos teus braços que me perco e me encontro. e é em ti e por ti que tudo faz sentido.... tudo faz mais sentido porque existes.
sábado, 3 de outubro de 2009
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
bem-me-quer
pessoas que nos-querem-bem, fazem-nos bem... :)
apenas uma foto da fantástica noite de sábado. viva o S. Paio! loucura...ahah
terça-feira, 11 de agosto de 2009
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
sábado, 25 de julho de 2009
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Para ti
Foi para ti
que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada
e para ti foi tudo
Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram
no minuto em que talhei
o sabor do sempre
Para ti dei voz
às minhas mãos
abri os gomos do tempo
assaltei o mundo
e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano
de tudo sermos donos
sem nada termos
simplesmente porque era de noite
e não dormíamos
eu descia em teu peito
para me procurar
e antes que a escuridão
nos cingisse a cintura
ficávamos nos olhos
vivendo de um só
amando de uma só vida
Mia Couto :)
que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada
e para ti foi tudo
Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram
no minuto em que talhei
o sabor do sempre
Para ti dei voz
às minhas mãos
abri os gomos do tempo
assaltei o mundo
e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano
de tudo sermos donos
sem nada termos
simplesmente porque era de noite
e não dormíamos
eu descia em teu peito
para me procurar
e antes que a escuridão
nos cingisse a cintura
ficávamos nos olhos
vivendo de um só
amando de uma só vida
Mia Couto :)
quarta-feira, 8 de julho de 2009
preencher.
naquele dia tudo era vazio, ela olhava à volta e nada era suficiente. tudo soava indiferente, tão diferente daquela realidade idealizada. tudo tão cada vez mais longe. ela sentia que nada voltaria a encher-se de cor e de vida. que depois dali, restava apenas abismo. uma linha ténue entre o chão e o precipício. aquele em que ela caíria para nunca mais voltar. desapareceria dentro de si mesma.
há dias assim, sem fim, sem saída. sem sentido inverso.
afinal, havia um novo mundo para lá do horizonte. e tudo foi ganhando novas formas. ela encontrou o caminho, tantos novos caminhos por onde seguir. e como é bom reencontrar-se, preencher-se...
há dias assim, sem fim, sem saída. sem sentido inverso.
afinal, havia um novo mundo para lá do horizonte. e tudo foi ganhando novas formas. ela encontrou o caminho, tantos novos caminhos por onde seguir. e como é bom reencontrar-se, preencher-se...
domingo, 28 de junho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
hoje.
hoje o mundo é meu. o sol brilha e aquece como nunca. bem-vinda esta brisa que me faz lembrar que antes do inferno está o céu. os relógios estão partidos, os ponteiros calados. morreram os tic-tacs, as buzinas, as corridas. o dia está assim: suspenso. susteve a respiração e mergulhou na quietude. eu estou suspensa também, mais leve. tão leve...
quinta-feira, 25 de junho de 2009
mal por mal
Já sou quem tu queres que eu seja,
Tenho emprego e uma vida normal.
Mas quando acordo e não sei
Quem eu sou, quem me tornei
Eu começo a bater mal.
O teu bem faz-me tão mal!
Já me enquadro na tua estrutura.
Não ofendo a tua moral.
Mas quando me impões o meu bem
Eu ainda sinto aquém.
O teu bem faz-me tão mal,
O teu bem faz-me tão mal!
Sei que esperas que não desiluda,
Que por bem siga o teu ideal.
Mas não quero seguir ninguém
Por mais que me queiras bem.
O teu bem faz-me tão mal,
O teu bem faz-me tão mal!
Sei que me vais virar do avesso
Se eu te disser foi em mim que apostei.
Não, não é nada que me rale
Mesmo que me faças mal.
Do avesso eu te direi:
O teu mal faz-me tão bem!
Deolinda
Tenho emprego e uma vida normal.
Mas quando acordo e não sei
Quem eu sou, quem me tornei
Eu começo a bater mal.
O teu bem faz-me tão mal!
Já me enquadro na tua estrutura.
Não ofendo a tua moral.
Mas quando me impões o meu bem
Eu ainda sinto aquém.
O teu bem faz-me tão mal,
O teu bem faz-me tão mal!
Sei que esperas que não desiluda,
Que por bem siga o teu ideal.
Mas não quero seguir ninguém
Por mais que me queiras bem.
O teu bem faz-me tão mal,
O teu bem faz-me tão mal!
Sei que me vais virar do avesso
Se eu te disser foi em mim que apostei.
Não, não é nada que me rale
Mesmo que me faças mal.
Do avesso eu te direi:
O teu mal faz-me tão bem!
Deolinda
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Pensar
Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.
Quando o vento cresce e parece que chove mais.
Alberto Caeiro
quinta-feira, 11 de junho de 2009
segunda-feira, 8 de junho de 2009
pedaços
ela disse...
não sou o que viste, não sou só isso. muito menos o pouco que conheceste e julgaste perceber. somos todos feitos de pedaços, sim. mas esses pedaços juntos são um todo tão maior do que um rosto, um sorriso ou uma palavra faz saber. e amar... se sei o que isso é, amar é conhecer cada pedaço. pelo menos, querer conhecer, tentar compreender, aprender a viver com, cuidar, ( bem) querer. amar é o mundo que encontramos num abraço, dos mais apertados aos mais brandos. aqueles em que apenas estamos porque sim, porque assim tudo faz sentido. não vamos mais reduzir isto a um pedaço quando nos podemos ter por completo.
memórias
há dias em que penso que esqueci e sou feliz nessa espécia de amnésia consciente. depois há outros, como este, em que só queria ter a oportunidade de voltar atrás e...
terça-feira, 2 de junho de 2009
segunda-feira, 1 de junho de 2009
to be...
A propósito do post de uma certa menina, lembrei-me do que é estar apaixonada. E até senti alguma saudade...
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Guerrilla Gardening
Bora fazer jardinagem, durante a noite, no meio de uma cidade qualquer? Pode parecer estranho mas existe e tem muitos adeptos. Chama-se Guerrilla Gardening.
Se alguém se quiser alistar e fazer parte da guerrilha... http://www.guerrillagardening.org/!
terça-feira, 26 de maio de 2009
viagens
tenho saudades de viajar. da ansiedade antes de partir, do sono das partidas de madrugada com aquele gostinho de quem se levanta cedo por uma boa causa. do carro a abarrotar, do calor, dos vidros abertos, das palhaçadas nas estações de serviço. da vista do avião, o fim de tarde lá em cima ou o nascer do sol depois de uma noite no aeroporto.
tenho saudades do alentejo, das praias, das farras, dos risos, dos "estou apaixonada". dos fins de tarde a apanhar conquilhas para o jantar (nós tentámos...). das sestas enquanto os meninos jogam à bola. tenho saudades das caminhadas em Londres, até do frio e do metro confuso. tenho saudades de barcelona, do centric point, do espírito da cidade...
tenho saudades do cansaço no regresso a casa, porque regressar também significa que parti. tenho saudades de tudo o que viajar implica. e este ano vou-me vingar dos meses que tenho passado por cá :)
sexta-feira, 22 de maio de 2009
absence
ausência
hoje sinto-me assim, um pouco em modo ricardo reis. começo a apreciar - seriamente - esta tranquilidade. e ai de quem se meter pelo caminho!
hoje sinto-me assim, um pouco em modo ricardo reis. começo a apreciar - seriamente - esta tranquilidade. e ai de quem se meter pelo caminho!
quarta-feira, 20 de maio de 2009
mais brilhante
fantástico! e a música, para quem quiser saber, é de Patrick Watson, The Drifters.
já agora, é ele tb quem canta a to build a home dos cinematic orchestra :)
sábado, 16 de maio de 2009
quase
quase sou
quase sei
quase sinto
quase penso
quase sorrio
quase vivo
quase amo
quase sou amada
quase caminho
quase dou a mão
quase me abraças
quase existe
quase tenho
estou tão perto e tão longe de qualquer coisa que nem sei se existe.
quase sei
quase sinto
quase penso
quase sorrio
quase vivo
quase amo
quase sou amada
quase caminho
quase dou a mão
quase me abraças
quase existe
quase tenho
estou tão perto e tão longe de qualquer coisa que nem sei se existe.
terça-feira, 28 de abril de 2009
Não te interessa pensar
não te interessa pensar
nem te interessa pensar porquê
mas eu estive a pensar e não te interessa pensar em quê
sentir sem pensar no sentido
é como calar o que existe
esse lema é só um vestido
e é o mais leve que vestiste
não te interessa tentar
nem te interessa pensar o quê
não te interessa espreitar a verdades
e no fim é ela que te vê
viver sem pensar no que perdes
é como perder o respeito
o respeito é só um vestido
mas é com ele que eu me deito
não te interessa dizer
nem te interessa dizer porquê
não te interessa mudar se é mudar o que ninguém vê
perdeste sem qualquer sentido o que afinal não existe
mas teu caminho foi seguido
e o que é certo é que o seguiste
foge foge bandido
nem te interessa pensar porquê
mas eu estive a pensar e não te interessa pensar em quê
sentir sem pensar no sentido
é como calar o que existe
esse lema é só um vestido
e é o mais leve que vestiste
não te interessa tentar
nem te interessa pensar o quê
não te interessa espreitar a verdades
e no fim é ela que te vê
viver sem pensar no que perdes
é como perder o respeito
o respeito é só um vestido
mas é com ele que eu me deito
não te interessa dizer
nem te interessa dizer porquê
não te interessa mudar se é mudar o que ninguém vê
perdeste sem qualquer sentido o que afinal não existe
mas teu caminho foi seguido
e o que é certo é que o seguiste
foge foge bandido
sábado, 25 de abril de 2009
This is what i do.
http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1376611&idCanal=57
Afinal, há coisas em que me saio bem. Até sou uma boa assessora de imprensa =)
Afinal, há coisas em que me saio bem. Até sou uma boa assessora de imprensa =)
sexta-feira, 24 de abril de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Chão.
vivo assim, um pé cá e um pé lá. o corpo aqui e o pensamento longe, tão longe que nem eu sei onde. passo os dias nesta ansiedade do que é e do que vai ser, sempre com o coração no que já foi. corro, páro, rio e choro. lembro...e lembro. pertenço a tudo e nada me pertence. piso o chão no qual mal sei caminhar. estou perdida, há tanto tempo que já não sei voltar...
sábado, 18 de abril de 2009
quinta-feira, 16 de abril de 2009
A terceira rosa II
"Procuro-te nos ângulos e nos vitrais, nas catedrais secretas que há por dentro dos instantes, procuro-te em todos os jardins, sobretudo nos que só florescem na imaginação(...)"
Manuel Alegre
e esta chuva que teima em não ir embora...
terça-feira, 14 de abril de 2009
A terceira rosa
"(...) Não sei se por tudo isto, se por algo que não se explica. Sei que quando me tocas a batida da terra coincide com a do meu próprio coração."
Manuel Alegre
segunda-feira, 13 de abril de 2009
o menino que tinha cócegas.
foi a primeira vez que te vi. verdadeiramente. como és. sem disfarces, nem artimanhas. sem segundas ou terceiras intenções. e nem eu sabia que te iria desarmar num gesto tão simples, tão vulgar. tinhas cócegas, tantas que te desmanchavas ao primeiro toque. e foi aí que te vi, igual a ti. rias, tão genuinamente, que qualquer máscara caíra, naquele instante, redonda no chão. e foi nesse momento que descobri como os teus olhos são azuis e eu nunca tinha reparado. e como adorei ver-te assim, tão próximo de ti mesmo e daquilo que admiro: transparência, sinceridade. acima de qualquer coisa. e tu sabes, porque to pedi desde sempre. e foi sempre o que esperei, só. mas, tirando aquele momento, em que te roubei para o meu mundo (provavelmente, ideal), talvez nunca mais o tenhas sido. porque não querias, porque não estava nos teus planos revelares-me a tua essência ou porque, simplesmente, não consegues.
... e fica a memória do tempo em que o teu olhar existia apenas no meu imaginário.
sexta-feira, 10 de abril de 2009
o vinho do teu corpo.
Bebo o vinho do teu corpo
Devagar como se a boca
Fosse uma flor, onde o tempo
Desenha o mapa da vida.
Corre o vinho do teu corpo
Nos lençóis da madrugada
E há carícias, debruçadas
À janela do silêncio
Bebo o vinho do teu corpo
Bebo até morrer de sede.
Provo o vinho do teu corpo
Gota a gota, beijo a beijo,
Como quem, recolhe o sonho
De entre os dedos dum sorriso.
Corre o vinho do teu corpo
Nos regatos do luar
Que hão-se vir desaguar
Mansamente nos meus braços.
Bebo o vinho do teu corpo
Bebo até morrer de sede.
Bebo vinho do teu corpo
Devagar e quase a medo
Na surpresa dos segredos,
Copos cheios de prazer.
neruda, descobri hoje e gostei.
Devagar como se a boca
Fosse uma flor, onde o tempo
Desenha o mapa da vida.
Corre o vinho do teu corpo
Nos lençóis da madrugada
E há carícias, debruçadas
À janela do silêncio
Bebo o vinho do teu corpo
Bebo até morrer de sede.
Provo o vinho do teu corpo
Gota a gota, beijo a beijo,
Como quem, recolhe o sonho
De entre os dedos dum sorriso.
Corre o vinho do teu corpo
Nos regatos do luar
Que hão-se vir desaguar
Mansamente nos meus braços.
Bebo o vinho do teu corpo
Bebo até morrer de sede.
Bebo vinho do teu corpo
Devagar e quase a medo
Na surpresa dos segredos,
Copos cheios de prazer.
neruda, descobri hoje e gostei.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
fugir
vamos comprar um bilhete de avião, não importa o destino. vamos esquecer tudo. saímos de manhãzinha, sem data para voltar. vamos ser felizes, nem que seja por um dia. vamos aterrar num lugar qualquer, num sítio diferente. sem história, sem lembranças. vamos torná-lo nosso, para sempre. só nosso.
quero fugir. vens comigo?
quero fugir. vens comigo?
terça-feira, 7 de abril de 2009
arrepio.
...felizmente, a música tem esta capacidade em mim. fazer com que me sinta bem, em (quase) todos os momentos. mais feliz quando estou feliz, mais calma quando estou stressada, mais em paz com tudo, menos triste nos dias cinzentos, mais sorridente nos dias de sol... amei o concerto de cinematic (sexta-feira passada), adorei conhecê-los no fim e poder dizer que tive o privilégio de falar com alguns dos músicos que mais gosto e admiro. lucky me... :)
Ficamos assim.
Eu não te percebi, tu não me percebeste a mim. E onde não há compreensão, não há lugar para mais nada.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
terça-feira, 31 de março de 2009
o amor...
...está nos sorrisos gastos das fotos antigas, nas recordações desses mesmos sorrisos, de quem sorriu connosco, de quem nos fez sorrir. O amor está nos sermões da mãe e nos silêncios do pai, nas brincadeiras com o mano. O amor está nas lágrimas que alguém soube limpar-nos do rosto e nos braços de quem nos ampara as quedas. O amor está nas datas especiais e no dia-a-dia. O amor está nos amigos verdadeiros...e esses sabemos sempre quem são. Está nas noites de folia, nos cafés intermináveis, nos desabafos e nas parvoíces. O amor caminha sempre ao nosso lado, desde que caminhem também aqueles que nos amam. Perto ou longe. O amor está em quem não nos esquece e, principalmente, em quem se lembra de nós em todos os momentos. Eu já sei o que é o amor e onde encontrá-lo. Por isso, não vou mais querer saber o que ele não é.
segunda-feira, 30 de março de 2009
Arrumações.
Decidi arrumar a "casa", dar um novo ar a este espaço, para ver se fica mais perto daquilo que quero. Agora acho que está na hora de arrumar as ideias, porque a confusão maior anda mesmo cá dentro.
domingo, 29 de março de 2009
sábado, 28 de março de 2009
sexta-feira, 27 de março de 2009
quinta-feira, 26 de março de 2009
Em tudo, sê inteiro.
Em tudo o que fizeres, faz com certeza. Com sinceridade. Com entrega. Faz por inteiro, sê por inteiro, estende as mãos e tudo o que tens para partilhar. Não faças pela metade, não entregues metade de ti, não acredites em meias verdades. Abre no teu livro uma página onde possam escrever e escreve tu também no branco que te reservam. Mas lembra-te: nada, nunca nada partido em dois.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Mais longe.
Passeiam pela rua e são o centro. Porque é a rua de todos os dias, de todos eles. Porque os seus olhares tantas vezes se cruzam entre um “bom dia”, um “boa noite”. Porque são vizinhos, conhecidos ou amigos. Porque nem bem lá no fundo todos os invejam.
As mãos estão entrelaçadas como sempre, mesmo quando nem se tocam. As palavras de cada um completam-se, mesmo quando não as dizem. As suas existências permanecem num tempo e num espaço intocável e incompreensível, para a maioria. Eles amam-se. E todos queriam sentir o que é amar (verdadeiramente) nem que por um dia.
Mesmo com todas as desvantagens, os obstáculos, as prisões, as responsabilidades de um amor assim. Mas… um amor assim não conhece entraves ou exigências. Não se dá, nem se recebe. Partilha-se. Por isso, não se exige. Entrega-se, a cada dia, a cada ano, em todos os gestos e até na ausência deles.
Eles são o que qualquer um que ser, têm o que todos sonham ter. E por isso, são o centro. No sorriso, habita-lhes toda a felicidade. No lado esquerdo da vida, o amor que se guardam…
Eles passam e tudo esquece, porque já (quase) não há amores assim. E na incerteza de o esperar, ninguém o espera. Na incerteza de o encontrar, ninguém o procura. E, assim, vão todos ficando mais longe de o viver. Menos eles.
As mãos estão entrelaçadas como sempre, mesmo quando nem se tocam. As palavras de cada um completam-se, mesmo quando não as dizem. As suas existências permanecem num tempo e num espaço intocável e incompreensível, para a maioria. Eles amam-se. E todos queriam sentir o que é amar (verdadeiramente) nem que por um dia.
Mesmo com todas as desvantagens, os obstáculos, as prisões, as responsabilidades de um amor assim. Mas… um amor assim não conhece entraves ou exigências. Não se dá, nem se recebe. Partilha-se. Por isso, não se exige. Entrega-se, a cada dia, a cada ano, em todos os gestos e até na ausência deles.
Eles são o que qualquer um que ser, têm o que todos sonham ter. E por isso, são o centro. No sorriso, habita-lhes toda a felicidade. No lado esquerdo da vida, o amor que se guardam…
Eles passam e tudo esquece, porque já (quase) não há amores assim. E na incerteza de o esperar, ninguém o espera. Na incerteza de o encontrar, ninguém o procura. E, assim, vão todos ficando mais longe de o viver. Menos eles.
terça-feira, 24 de março de 2009
Uma voz na pedra
Não sei se respondo ou se pergunto.
Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio.
Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra.
Não tenho a sabedoria do mel ou a do vinho.
De súbito ergo-me como uma torre de sombra fulgurante.
A minha ebriedade é a da sede e a da chama.
Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio.
O que eu amo não sei. Amo em total abandono.
Sinto a minha boca dentro das árvores e de uma oculta nascente.
Indecisa e ardente, algo ainda não é flor em mim.
Não estou perdida, estou entre o vento e o olvido.
Quero conhecer a minha nudez e ser o azul da presença.
Não sou a destruição cega nem a esperança impossível.
Sou alguém que espera ser aberto por uma palavra.
António Ramos Rosa
Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio.
Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra.
Não tenho a sabedoria do mel ou a do vinho.
De súbito ergo-me como uma torre de sombra fulgurante.
A minha ebriedade é a da sede e a da chama.
Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio.
O que eu amo não sei. Amo em total abandono.
Sinto a minha boca dentro das árvores e de uma oculta nascente.
Indecisa e ardente, algo ainda não é flor em mim.
Não estou perdida, estou entre o vento e o olvido.
Quero conhecer a minha nudez e ser o azul da presença.
Não sou a destruição cega nem a esperança impossível.
Sou alguém que espera ser aberto por uma palavra.
António Ramos Rosa
segunda-feira, 23 de março de 2009
to buil a home
There is a house built out of stone
Wooden floors, walls and window sills
Tables and chairs worn by all of the dust
This is a place where I don’t feel alone
This is a place where I feel at home
Cause, I built a homefor you .. for me
Until it disappearedfrom me .. from you
And now it’s time to leave and turn to dust
Out in the garden where we planted the seeds
There is a tree as old as me
Branches were sewn by the color of green
Ground had arose and passed it’s knees
By the cracks of the skin
I climbed to the top
I climbed the tree to see the world
When the gusts came around to blow me down
I held on as tightly as you held onto me
I held on as tightly as you held onto me
Cause, I built a homefor you .. for me
Until it disappearedfrom me .. from you
And now, it’s time to leave and turn to dust
The Cinematic Orchestra*
Wooden floors, walls and window sills
Tables and chairs worn by all of the dust
This is a place where I don’t feel alone
This is a place where I feel at home
Cause, I built a homefor you .. for me
Until it disappearedfrom me .. from you
And now it’s time to leave and turn to dust
Out in the garden where we planted the seeds
There is a tree as old as me
Branches were sewn by the color of green
Ground had arose and passed it’s knees
By the cracks of the skin
I climbed to the top
I climbed the tree to see the world
When the gusts came around to blow me down
I held on as tightly as you held onto me
I held on as tightly as you held onto me
Cause, I built a homefor you .. for me
Until it disappearedfrom me .. from you
And now, it’s time to leave and turn to dust
The Cinematic Orchestra*
Hoje.
Hoje queria estar longe daqui. Noutro espaço, noutro tempo. Num dia de verão, numa praia do Alentejo...num interminável fim de tarde, quando as vozes começam a ouvir-se ao longe, quando o colorido das toalhas e dos guarda-sóis dá lugar ao laranja do sol que se põe. Num daqueles momentos em que fico só deitada de olhos fechados e brinco com a areia, com os pés e as mãos fora da toalha. Nesses momentos em que sou eu, o som das ondas e o calor já brando que começa a provocar arrepios. Queria isso para mim, agora. Porque é nesses momentos em que tudo se evapora do pensamento e nada parece poder quebrar a paz que sinto.
Pensei protestar, escrever um manifesto. Mas não, não vale a pena querer mudar no mundo aquilo que sempre terá a mesma existência. Só queria mesmo estar longe daqui.
Pensei protestar, escrever um manifesto. Mas não, não vale a pena querer mudar no mundo aquilo que sempre terá a mesma existência. Só queria mesmo estar longe daqui.
sexta-feira, 20 de março de 2009
Folha em branco
Se fosse uma folha em branco ou uma tela por colorir... Com que palavras me escrevias, com que cores me pintavas...?
quinta-feira, 19 de março de 2009
quarta-feira, 18 de março de 2009
A Saga dos Transportes Públicos - Parte II
para reflectir...
há quem corte as unhas no autocarro...!!!!
...
....blhec!
há quem corte as unhas no autocarro...!!!!
...
....blhec!
o desenho...
vi-te sem te ver, desenhei-te sem saber de que traços és feito. rabisquei-te, de olhos postos no céu azul. dei-te um nome, corpo e rosto. dei-te vida e fiz-te meu. foste feito para mim e para que a minha existência ganhasse outro sentido. hoje espero por ti. a cada rua, a cada esquina, a cada dia, a cada noite. em cada passo, em cada som, em cada olhar. espero por ti e nem sei se existes ou se vives só na minha imaginação. mas naquela tarde, naquela praia, deitada de olhos postos no céu...podia jurar que eras real.
sexta-feira, 13 de março de 2009
A saga dos transportes - parte I
Bem, mas isto de ter um novo trabalho tem muito que se lhe diga. Como sempre, nem tudo é um mar de rosas e já começo pelo meio de transporte. Como ir para o Porto todos os dias? Eis a questão!
Hipótese número 1 - Aquela que aparentemente me atraía mais: o carro - rápido e cómodo! Looks perfect! Ao fim do primeiro dia vi que afinal não era bem assim. O gasóleo tá caro, as portagens igualmente, o trânsito caótico não ajuda. Além disso, não posso aproveitar a viagem para descansar e vistas bem as coisas, para quem se levanta todos os dias de madrugada todo o tempo de descanso é precioso! Conclusão: de carro nem pensar!
Hipótese número 2: Ir de carro até Ovar, apanhar o comboio para o Porto e de S.Bento ir a pé ou de metro para o trabalho. Ao fim do dia, fazer o caminho inverso. (uff...nem tentei sequer!)
Hipótese número 3: Apanhar o autocarro até Gaia e daí de metro até o trabalho. Sem dúvida, para já, esta é a melhor opção. Poupo tempo, posso descansar... enfim, estou rendida!
Mesmo assim, daqui a uns tempos vou começar a pensar em mudar-me (novamente) para o Porto...
Hipótese número 1 - Aquela que aparentemente me atraía mais: o carro - rápido e cómodo! Looks perfect! Ao fim do primeiro dia vi que afinal não era bem assim. O gasóleo tá caro, as portagens igualmente, o trânsito caótico não ajuda. Além disso, não posso aproveitar a viagem para descansar e vistas bem as coisas, para quem se levanta todos os dias de madrugada todo o tempo de descanso é precioso! Conclusão: de carro nem pensar!
Hipótese número 2: Ir de carro até Ovar, apanhar o comboio para o Porto e de S.Bento ir a pé ou de metro para o trabalho. Ao fim do dia, fazer o caminho inverso. (uff...nem tentei sequer!)
Hipótese número 3: Apanhar o autocarro até Gaia e daí de metro até o trabalho. Sem dúvida, para já, esta é a melhor opção. Poupo tempo, posso descansar... enfim, estou rendida!
Mesmo assim, daqui a uns tempos vou começar a pensar em mudar-me (novamente) para o Porto...
Trabalho novo, vida nova!
É bom estar de volta à realidade que sempre tive como minha, à vida que sempre idealizei (ou pelo menos, mais perto disso). Pelo meio, um desvio, uma nova experiência. Valeu a pena pela aprendizagem e por me permitir, agora, dar mais valor ao que tenho. Daqui para a frente espero aprender, evoluir enquanto profissional e, acima de tudo, sentir-me realizada. Nunca sabemos o que o futuro nos reserva mas é isto que espero dele... Para terminar, um pensamento interessante: "Deus não faz marketing e o marketing não faz milagres!" ahah gostei! ;)
lua pequenina...
não vou começar esta casa pelo telhado, como muitas que tenho tentado construir. não vou partir do ponto final, da noite para o dia, de fora para dentro. vou começar pelo começo (se há algum começo, alguma coerência)... como quem dá os primeiros passos, como quem diz a primeira palavra. sendo assim, porquê lua pequenina? porque sim, respondo. porque um dia assim me chamaram, porque um dia assim me conheci, porque posso ser eu ou as coisas valiosas que fazem parte do meu mundo. porque é assim que o imagino: pequeno na sua grandiosidade, igual a tantos outros na sua singularidade. imortal na sua mortalidade. (não imaginamos todos isto de nós próprios?)um mundo que podia ser de outra pessoa que não eu mas que a mim me pertence.
porquê um blog? outra vez, porque sim. para ter um espaço onde reunir o que penso, o que sinto, o que gosto...para que tudo isto não se perca nas muitas folhas dispersas que rabisco. não para escrever sobre isto ou sobre aquilo mas para escrever sobre tudo ou nada ou simplesmente para escrever.
porquê um blog? outra vez, porque sim. para ter um espaço onde reunir o que penso, o que sinto, o que gosto...para que tudo isto não se perca nas muitas folhas dispersas que rabisco. não para escrever sobre isto ou sobre aquilo mas para escrever sobre tudo ou nada ou simplesmente para escrever.
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